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Degustações e pesquisa marcam a programação da V Mostra de Gastronomia Social no primeiro dia de evento

Evento conta com participações especiais, palestras e oficinas

A V Mostra de Gastronomia Social e Cultura Alimentar iniciou com uma programação intensa nesta quinta-feira (27), reunindo atividades que valorizam a pesquisa, a produção artesanal e a cultura alimentar. No período da tarde, os visitantes puderam acompanhar as degustações dos pratos elaborados pelas turmas de Confeitaria e Panificação, que apresentaram preparações desenvolvidas ao longo do curso, explicando o passo a passo das receitas para os convidados.

Solange Vasconcelos, aluna da Confeitaria, revela estar feliz com a entrega do seu projeto final, o Petit Mangô. Por outro lado, Lígia Sousa da Panificação, também concludente, diz se sentir gratificada. “Estou muito feliz, é muito gratificante.”

Receitas apresentadas
Confeitaria:

  • Petit Mangô – Petit gateau de doce de leite com sorvete artesanal de manga
  • Bem-Cajá – Bem-casado com massa de rocambole, recheado com brigadeiro e geleia de cajá
  • Cheesecake Iracema – Creme de milho com queijo coalho e brilho de tangerina

Panificação:

  • Amore Milho – Pão rústico de milho servido com sopa cremosa de carneiro, macaxeira e jerimum
  • Pão Colonial – Pão de cana-de-açúcar com rapadura, castanha e coco
  • Macaxeirudo – Pão de macaxeira com hambúrguer de carne de sol

Sunara Pereira foi uma das visitantes e prestigiou de perto as apresentações finais das turmas de Panificação. “Eu gostei muito da apresentação, dos pratos. Está tudo uma delícia, gostei também do espaço, do acolhimento”, diz Sunara. Caio Vitor se confundiu nos horários para prestigiar uma amiga, mas acabou ficando e gostando do evento e pôde refletir sobre democracia e gastronomia. “É muito bonito ver a democratização de pratos assim e ainda mais nesse contexto local, né?”, pontua.

Além disso, a programação contou com a oficina “Mel do Brasil: território e identidade”, conduzida pelo pesquisador Jerônimo Villas Bôas. A atividade abordou a diversidade dos méis brasileiros e suas conexões com o território, destacando a importância da sociobiodiversidade na gastronomia. Esse tema virou debate na palestra em seguida no terraço com a mediação de Vanessa Moreira, coordenadora de cultura alimentar. 

A palestra seguiu com as falas de Jerônimo Villas Bôas, Selene Penaforte, superintendente da Escola e Karol Teodoro, chef do restaurante Aconchego, em Fortaleza. Karol que também participou do Cozinha em Movimento fez uma breve fala na cozinha montada no terraço enquanto ela e a equipe EGSIDB preparavam as degustações.

Encerrando o dia, a pesquisadora Maria Laís apresentou a pesquisa “Tipificação de Méis da Chapada do Araripe, resultado de um trabalho que busca mapear e valorizar os diferentes tipos de méis produzidos na região. Antes de sua fala, Laís fez a leitura de um poema de sua autoria, introduzindo de forma sensível e poética a relação entre alimento, identidade e memória.

Após a apresentação, houve uma degustação dos produtos estudados, proporcionando ao público a experiência de saborear os méis da Chapada do Araripe e compreender melhor sua diversidade de aromas e sabores. A atividade reforça o compromisso da Mostra em unir conhecimento, tradição e vivência sensorial, promovendo um olhar mais atento sobre os ingredientes regionais.

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