Cultura alimentar em campo: alunos da Escola de Gastronomia Social fazem visita técnica ao Mercado São Sebastião
Atividade externa aproxima os alunos da cultura alimentar local e promove patrimônio histórico da cidade de Fortaleza
Alunos do curso profissionalizante em cozinha participaram, no dia 9 de setembro, de uma aula de campo especial. Em uma visita técnica ao Mercado São Sebastião, localizado no Centro de Fortaleza, eles tiveram contato com um patrimônio essencial à manutenção da cultura local e à valorização e comercialização dos insumos regionais.
Sendo um dos pontos turísticos mais famosos da cidade, o histórico e memorável Mercado São Sebastião, com mais de 120 anos, é um ponto de referência para quem quer conhecer especialidades gastronômicas do Estado, como a famosa panelada. Em 2019 e 2023, o Mercado conquistou o recorde mundial de maior panelada. As panelas usadas para conquistar os títulos ficam expostas no espaço cultural do local e renderam muitas fotos e conhecimento histórico para os alunos que participaram da visita. Além do seu simbolismo para a culinária regional, o Mercado é um dos principais polos de venda de frutas, verduras e carnes na Capital cearense.
Durante a aula diferenciada, os alunos conheceram o Nem da Silva Santos, conhecido como o “Rei da Lingua”, dono de um dos restaurantes referência em culinária regional que conquistou o paladar do público com sua especialidade, a língua de boi. O chef compartilhou com os alunos a importância da existência de uma gastronomia que fortalece as raízes regionais e valoriza os insumos locais com autenticidade e inovação.
Para Tainã Balreira, aluno da Escola, a visita ao Mercado foi uma verdadeira aula de história vida: “sair da nossa zona de conforto e visitar outras formas de se fazer gastronomia, ampliar a mente e conseguir enxergar o processo do alimento por inteiro, da sua chegada às docas do mercado até estar posto à mesa de um cliente foi de grande valia para mim, que estou me inserindo na gastronomia com força total. Foi uma grande aula”, completou.
Paulo Oliveira, também aluno da Escola, se sentiu privilegiado com a aula: “nossa que aprendizado. Hoje a aula foi rica em todos os sentidos. Saber que em um único local você encontra a diversidade de alimentos e utensílios, a gente fica sem palavras. A importância de poder ter feito essa visita técnica foi grandioso. O privilégio de conhecer o Nem com todo seu conhecimento na gastronomia e a delicadeza dele de tirar um tempo da sua rotina para nos ajudar a compreender a importância da nossa cultura alimentar foi incrível”.
O momento fez parte do módulo “Cultura Alimentar Cearense” que propõe explicar e expandir o entendimento da importância cultural do alimento, do preparo e dos insumos regionais presentes em nossas vidas, essenciais para reconhecer e compreender culturas e valores sociais de diferentes comunidades.
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