HORTAS AGROECOLÓGICAS

Você conhece as plantas alimentícias não convencionais (PANC)? Elas são o foco da horta agroecológica da Escola de Gastronomia Social Ivens Dias Bransco (EGSIDB) devido à adaptabilidade, pouca necessidade de água e alto poder nutritivo. Nossa horta é um espaço agroecológico de formação e uso consciente da terra.

A horta da Escola de Gastronomia Social é resultado da ocupação de um terreno improdutivo e com bastante erosão. Criada para ser um projeto de extensão das atividades desenvolvidas pela Instituição, o local é um espaço agroecológico, que cultiva principalmente Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC), como: taioba, cariru (língua de vaca), jambu, moringa, chaya, caruru, mangarito, celósia, bertalha, coentrão, beldroega, entre outras.

Há também o cultivo de hortaliças e leguminosas convencionais como rúcula, couve manteiga, coentro, manjericão, cebolinha, orégano, tomilho, beterraba, berinjela, jerimum e frutíferas como mamão, banana, pitanga, acerola, caju, entre outras. Klaustrianne Queiroga, gerente do equipamento, explica que a prioridade em cultivar as PANC acontece porque elas requerem menos água no cultivo, têm alta adaptabilidade ao clima quente e se reproduzem espontaneamente, sem a necessidade de aquisição de sementes.

Implementada em 2022, a horta passou a ser um espaço de formação para o público em geral. Nos primeiros meses de sua criação, seis cursos foram ofertados dentro do programa “Hortas urbanas: cultura para alimentar”. O ex-aluno do projeto, Allan Rocha, conta que adquiriu muito conhecimento da área e hoje possui mais facilidade em julgar plantas, hortaliças e suculentas. A formação acabou levando Allan a buscar os cursos profissionalizantes e, agora, ele concluiu o curso de Cozinha. 

A horta é cada vez mais integrada às atividades da Escola, com o uso de seus recursos na produção de pratos dos cursos ofertados, aumentando o potencial nutritivo e a sustentabilidade com a redução de custos. O cultivo de PANC é prioridade também por contribuir com a economia de recursos, já que essa vegetação requer menos água no cultivo e se adapta facilmente ao clima quente e seco. 

O uso responsável e consciente da terra tornou esse espaço potente para impulsionar discussões sobre cultura alimentar, sustentabilidade, alimentação saudável e produção de alimentos em espaços urbanos.