Terreiro Ilê Axé Yeye Omin Yo
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Aquiraz

Terreiro Ilê Axé Yeye Omin Yo

Ofício

Yalorixá

É auxiliar administrativo, rege projetos sociais na Associação Afrobrasileira de cultura Alagbá. Yalorixá do Terreiro - Ilê Axé Yeye Omin Yo

Sobre

Terreiro de Candomblé, nação Egba Alake, dedicado a preservação da cultura ancestral africana (orixás). O terreiro está sob direção da Yalorixá Evelane Silveira Faria, filha de Yemanjá, orixá das águas, dos lagos, filha do mar. O seu terreiro é descendente do terreiro Ilê Axé Omin Dá. Como acontece nestas comunidades, há uma interação entre os ritos ancestrais, os elementos da natureza, e o entendimento sobre as comidas do cotidiano e as comidas das festas litúrgicas. Entre as festas do terreiro, destaque para a festa das crianças, no mês de outubro, com o oferecimento do caruru de quiabos. Yá Evelane Farias integra, ainda, o grupo Elas do Axé que produz Etnodesenvolvimento e neste coletivo ela é conhecida pela feitura de bonecas de papel.

Como aprendeu?

É de uma família católica e de classe média, branca. Ela é do único núcleo negro da família (Mãe e Irmãos). Casou aos 18 anos e foi mãe pela primeira vez, o marido é de família tradicional Afrobrasileira no seguimento Catimbó, descobrindo no decorrer de sua caminhada o pertencimento ao Candomblé. Acompanhando o marido nos terreiros de Candomblé ela começou a sentir Yemanjá, mas tinha muito medo. Depois de muitos anos sentiu a necessidade de se conectar com sua ancestral Yemanjá e foi acolhida. Foi iniciada em 17/07/2000 em Fortaleza, no decorrer de sua trajetória ancestral chega a uma comunidade na Bahia, o Ilê Axé Omin Dá. Durante 17 anos foi sendo preparada para o oficio de zelar por uma comunidade e teve como maestrina e orientadora Mãe Edenis Amorim de Salvador, sua Yalorixá.

Com que idade aprendeu?

Sua formação aconteceu dentro dos preceitos ancestrais de uma comunidade tradicional de terreiro. Yá Evelane Farias aprendeu nas cozinhas das comunidades, no ensinamento das mais velhas, nas práticas e vivências do dia a dia de um terreiro. Escutando, observando, praticando e sobretudo vivenciando e vivificando as tradições trazidas por nossos antepassados que vieram da terra mãe em situação de escravizados. Durante 24 anos Yá Evelane Farias aprendeu e aprende oficio da cozinha de terreiro.

Quais as principais ferramentas do seu ofício?

As principais ferramentas do oficio são as folhas, os vegetais, os cereais e os alimentos que vêm da terra. Como o feijão, o arroz, a farinha de mandioca, o inhame, acelga, folha de caruru e as frutas.

Quais os materiais do seu ofício?

São o barro, a colher de pau, os utensílios de madeira, as louças de ágata. Elementos da natureza.

Quais os produtos do seu ofício?

Não vende nenhum produto alimentício. Embora alguns de seus filhos sejam vendedores de produtos como o acarajé. Podemos considerar que as festas sejam um produto.

Principal produto:

O dia das crianças é a principal festa da casa, sempre no último sábado de outubro.

Onde acontece o ofício?

Acontece sempre no terreiro e é aberta a toda a comunidade

Qual a frequência de produção?

Uma vez por ano, há 7 anos.

Vende o que produz?

Não. ‘É uma festa aberta e gratuita, com muita comida e brinquedo. E tem a tradição de dar uma mochila. As comidas são o caruru de Cosme, com os 12 quiabos, onde quem encontrar precisa se comprometer com a festa do próximo ano. Para a comunidade a comida é bolo, salgados. E o doce mais tradicional é o bolinho de estudante que é feito na casa. Tem a pipoca de papai (pipoca de Obalúwaiyè, estourada na areia da praia).

Onde vende?

Na minha comunidade
Ela faz parte do grupo chamado Elas do Axé, com 74 mulheres. Elas fazem artesanato e Yá Evelane Farias compões com a produção de bonecas de papel, vendem em feiras como a do MST e outras das cidades vizinhas. Não é um ofício da Yalorixá, mas é a força dela que junto a todas as do Elas do Axé, do convívio, da sororidade para empreender no artesanato.

Você acha que a sua comida/criação é importante para a Cultura Alimentar do seu território?

Sim, porque o alimento é tudo. A gente vive sem roupa, mas sem comida não, o alimento move o mundo. Alimenta o corpo e a alma, deixa as pessoas felizes apenas pelo fato de ter comida na mesa. E o terreiro tem essa importância de preservar a cultura alimentar do território, quando serve cuscuz aos visitantes em dias que não são de festas.

Qual é a história dessa receita/comida/peça/criação?

Ela começou a fazer as bonequinhas de papel durante momentos de lazer no terreiro e isso virou um ofício de artesanato que foi capacitando outras mulheres, gerando rendas e quebrando alguns preconceitos pois são mulheres de terreiro produzindo arte. As receitas da culinária ancestral de Terreiro foram transmitidas pelo saber ancestral das suas antepassadas e mais velhas no terreiro.

Empresa comercial

Ilê Axé Yeye Omin Yo

Endereço

Estrada Boa Vista do Serpa S/N – Distrito de Serpa – Aquiraz – Ce
Horário de funcionamento Das 08 as 17horas, de segunda a sexta. E agendamento por telefone. Para atendimento é na semana e precisa ser agendado no (85) 98778-7242
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