Ofício
Pescadora
Trabalho com pesca artesanal, sou pescadora de alto mar
Sobre
Pescadora de alto-mar, trabalha na pesca da lagosta. Realiza o seu ofício com o “manzuá” – armadilha de pesca. Em cada viagem ao mar, Sidneia leva em seu barco de 80 a 100 armadilhas. No período do defeso, Sidneia desenvolve a atividade de agricultura no manejo e na colheita do caju. Para conhecer e vivenciar a pesca e a culinária com os frutos do mar, Sidneia possibilita hospedagem, refeições, e experiências de pesca com viagens no seu barco.
Como aprendeu?
É com meu pai a vida toda. Eu vi meu pai fazendo material com meus irmãos e meu pai pro mar. Ficava 10 dias em alto mar. Sentia muita falta dele. Esses 10 dias não sabia e quando ele chegava, ele trazia uma certa quantidade de lagosta e muito peixe para a gente comer peixe, peixe, peixe no café da manhã, no almoço, no jantar. Eu queria saber porque ele demorava tanto e quando vinha trazia muita lagosta.
Com que idade aprendeu?
Eu, menina uns 10 anos, foi a primeira vez. Eu pedi para ele para ele me levar para alto mar.
Quais as principais ferramentas do seu ofício?
Manzuar, a gente que fábrica nosso próprio material. É no formato de uma gaiola que a gente coloca a cabeça de bagre e tem 1kg em cada lado, que é para equilibrar ela e ela é toda de madeira, com nylon. A gente faz 80 a 100 manzuar pra levar no barco.
Quais os materiais do seu ofício?
Manzuar, a gente que fábrica nosso próprio material. É no formato de uma gaiola que a gente coloca a cabeça de bagre e tem 1kg em cada lado, que é para equilibrar ela e ela é toda de madeira, com nylon. A gente faz 80 a 100 manzuar pra levar no barco.
Quais os produtos do seu ofício?
A fonte de renda a gente vai ou lagosta, ou agricultura ou caju. As 2 coisas que entra lagosta ou caju. Os primeiros moradores plantaram, cada um tem seu terreno e a gente vai colher hoje. Antigamente, o quilo da castanha era 1 real. Hoje, faz carne de caju, minha mãe faz mel bruto, mel, doce de caju, faz doce de caju, faz doce de caju com castanha, o caju faz vinho que é um vinho que não tem álcool, mas se chama vinho colado. Aí o mel doce e o bruto que a gente chama o bruto que é sem açúcar, é para remédio medicinal. Ea gente faz o caju. E farinha de castanha e pancão, que é o mel de caju bruto, a castanha com farinha de mandioca, pisada no pilão e a minha mãe dava para a gente levar para a escola. A merenda fazia os bolãozinho e a gente levava para merenda no lanche da escola. É muito forte.
Principal produto:
Onde acontece o ofício?
No mar, pesca de alto mar.
Qual a frequência de produção?
O ano todo, mesmo no período do defeso. Quando está no período como esse que está no defesa. A gente vai ajudar juntos. É exatamente aí, a gente fica, fica tentando aproveitar o resto que tem e guarda dentro de casa para o consumo da gente, nem vende.
Vende o que produz?
Sim. Aqui mesmo é, às vezes a minha mãe faz as vezes e minha irmã, que mora em Fortaleza ou irmão, mora em Aracati. Outra que mora, que mora em canoa. Aí, minha mãe vai separando para cada um ofertando e quando às vezes vende, vende assim, tem uma prima minha que também está mais nessa de vender. Ela está fazendo para vender. Aí tira vidrinho para cada uma porque dura muito, mas vende. Vende um 1 litro de mel, tá de 25 a 30 reais de mel bruto, que é medicinal e é muito forte, é uma vitamina.
Onde vende?
Na minha comunidade
Você acha que a sua comida/criação é importante para a Cultura Alimentar do seu território?
Só como uma pescadora mulher. Eu queria ficar na comunidade e depois sim, se sobrasse, eu botava para fora. Mas assim é para poder ter essa a roda de pessoas a que fornecer o meu pescar no meu barco assim, já foi de cento e poucos quilos. Eu não vendi pro atravessador, eu vendi pra minha própria comunidade, eu vendi entre ela pra todo mundo.
Qual é a história dessa receita/comida/peça/criação?
A gente como Pescador, a gente cria os nossos próprios pratos e dá certo, porque a gente conhece o produto, a gente está pegando. É outra história, é outro sabor, é outro sabor.
Empresa comercial
Apresentação da empresa comercial
Eu tenho um espaço aqui que eu recebo pessoas também. E acompanhar os que quiserem ir em alto mar, quiser pescar comigo a minha vida toda. Eu fiz isso na minha casa. Agora eu deixei só para receber as pessoas e eu tenho contato exatamente para quem quiser ter essa experiência. Eu estou aberta aqui para poder viver essa experiência comigo, botar a mão na massa.
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